Salve, Salve família. A luta continua porque a luta é Atemporal.
O tempo passa, até parece que ta tudo igual?
O Brasil é um Quilombo.
Os Quilombos foram à base da formação do povo Brasileiro.
Das Tabocas Indígenas das Malocas dos Maloqueiros até as Aldeias Tribais dos Mocambos.
“Venho do Mocambo pra fazer Escambo, Quando os Homi vêm eu cambo, volto pro Quilombo.”
Nômades montanheses caminhando na selva por locais de difícil acesso, por onde a liberdade tenha progresso.
Vou pra terras dos Homens Livres.
Refugio de liberdade das heranças Africanas, do culto dos Orixás as palavras dos profetas contadas através dos Griots da tradição oral popular que vai passando de pai pra filho, histórias dos tempos D Angola, da magia da Capoeira do toque do berimbau e do atabaque.
Nesse Brasil de vários Mundos, a comunicação continua sendo através dos tambores, nessa exclusão digital onde muitos foram subjugados aos submundos, tantas terras que foram apropriadas pelos os senhores e o nosso povo acumulados nas moradas de barracos, das palhoças de barro onde sobrevivem sem infra estrutura adequada, com altos índices de desempregos condicionados a trabalhos de mão de obras barata nessa sociedade da modernidade continua de robotizar e coisificar.
Foi assim na zona rural e também nas grandes cidades.
Onde houve escravidão, houve Quilombos de resistência.
Em lugares estratégicos de preferência no alto de um morro nas encostas distantes dos grandes centros, onde coronel nenhum pudesse importunar.
Pra subir o morro até o Presidente treme.
De lá pra cá o que realmente mudou?
O que restou pra nóis?
Com que ficamos?
Com a sobra da sobra de um problema histórico intencional e institucional de um sistema governamental hereditário coronelista colonial.
E conforme o crescimento acelerado com o passar do tempo o Brasil foi virando o caldeirão das Etnias.
E os povos que sofreram com a opressão da escravidão não tiveram Reparação e lutam até hoje nessa falsa abolição.
A grande contribuição dos Africanos, Negros, Afros Ascendentes construíram outro país.
Com a força dos Nortistas e dos Nordestinos estamos mudando o destino de uma nação única no planeta.
Somos Brasileiros onde se fala Português, mas não somos Portugueses.
Somos a geração da nova era do Ser Humano Universal que tem seu próprio dialeto. América do Povo Nativo de terras indígenas invadidas por colonizadores Europeus que mais pareciam não ter almas, mentes doentes que chegaram atirando, infectando, escravizando, catequizando através de uma miscigenação forçada, capitalizada pelos os poderes escravocratas.
Comemorar a chegada da corte no Brasil por quê? Não.
Pra apreciar as obras do Debret. Não.
Onde a tal corte que pintô e bordô à custa dos Brasileiros.
500 anos do que? 200 anos de que? Fugitivo? Você viu bem quem fugiu!
Nem toda reserva Indígena o colonizador destruiu e todos os Quilombos e favelas que o opressor invadiu o seu ódio não persistiu.
Dia 20 de novembro se comemora o Dia da consciência Negra no Brasil.
Temos sempre que respeitar, preservar, contribuir e ressaltar os verdadeiros nativos e trabalhadores do Brasil.
O Brasil é um Quilombo com sua própria base de subsistência capaz e necessária a todas as comunidades remanescentes Quilombolas. Aqui na Periferia não estamos totalmente livres das doenças dos escravistas dizimistas, mas somos livres, livres e resistentes.
Vamos trazer de volta as riquezas que foram roubadas. Tudo, tudo o que é nosso, custe o que custar.
Zumbi somos nóis!
Zumbis da escuridão que trazem a claravizão da união dos Palmares.
Z´África Brasil – Z´Zulu Z´África Zumbi é a voz que representa a maioria, Antigamente Quilombos, Hoje periferia.
Quilombos não acabam, Favela Infinita.
O Brasil é um Quilombo um pedaço de África.
Gaspar – Z´África Brasil – Elemental –2008
quarta-feira, 21 de maio de 2008
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